16 de outubro de 2006

Segredos

A coligação prega democracia, transparência e rigor com a frequência com que um velho rabugento prega sermões.
Democracia significa, para eles, impor a sua vontade onde a sua razão não chega.
Rigor significa aprovar dotações suplementares para pagar despesas que o orçamento não previu.
Transparência, falam dela mas não conhecem o significado. Alguns exemplos dos segredos que a coligação planta por aí e que se multiplicam como cogumelos:

O estabelecimento do rés-do-chão do Museu Bernardino Machado
Numa altura em que a Câmara obtinha uma sentença judicial favorável, depois de ter recorrido aos tribunais para libertar o espaço, a coligação fez um acordo com os arrendatários, desistindo do processo judicial que a Câmara lhes tinha movido.
Quatro anos depois do acordo, quatro anos depois de a coligação ter desistido do processo judicial, tudo continua na mesma. Por quê?! É segredo.

A Quinta da Casa Nova em Oliveira Sta. Maria
Ainda no início do seu primeiro mandato, a coligação decidiu adquirir, com carácter de urgência, a Quinta da Casa Nova para nela ser instalada uma nova valência de uma IPSS.
Oliveira Sta. Maria já nessa altura tinha uma IPSS, mas ainda hoje, quatro anos depois, a Quinta continua “a monte”. Por quê?!

O hotel
Há cerca de três meses, a imprensa local deu relevo a uma apresentação, feita por um gabinete de arquitectura, de um projecto de construção de um novo hotel em Vila Nova de Famalicão. A apresentação evidenciava conhecimento da Câmara, porque o projecto estaria aprovado ou em fase de aprovação.

No entanto, o gabinete recusou-se a informar sobre a localização do novo empreendimento e sobre a identidade do promotor. Por quê?! É segredo?!


Voltaremos aos segredos.