A Carta Educativa do Município era “um exemplo”. “Um profundo trabalho de levantamento dos recursos educativos do Município e de reflexão planeadora” que descrevia, num longo volume, os objectivos municipais para a próxima década.
Planeamento, portanto!
Foi aprovada nos órgãos autárquicos há dois anos, andou em bolandas pelo Ministério que não apreciou os seus méritos mas viria a ser aprovada, finalmente, depois de algumas correcções, há poucos meses.
Pois hoje a coligação deitou o “planeamento”, simplesmente, ao lixo… Tantas reuniões, tanto trabalho, tanto planeamento, tanto orgulho, tantas páginas, e afinal… só estorva os interesses imediatos – que mudam todos os dias – da coligação!
Carta Educativa para o lixo, sem glória portanto, para glória das conveniências eleitorais de última hora.
Na reunião da Câmara de hoje a coligação propôs, e aprovou, as primeiras medidas "depois da Carta Educativa": quatro centros escolares. Só que dois deles desvirtuam completamente o “planeamento” rigoroso da exemplar Carta que escreveram. Não estavam previstos, contrariam o que estava previsto.
Mas, quem estranha?! Ainda alguém acredita que possa haver outro planeamento, lá para os lados da coligação, que não seja o planeamento do próximo acto eleitoral, mesmo em prejuízo do que disseram ontem, do que escreveram ontem?
A nossa declaração de voto sobre este assunto segue dentro de momentos.
Etiquetas: campanha, escolas, planeamento, rigor
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