17 de dezembro de 2008

Factura da água de novo aumentada

De novo, aumentos das tarifas de distribuição de água, drenagem de águas residuais e recolha de resíduos sólidos.

Poderia ser normal, porque é normal que o preço de alguns fornecimentos e prestações de serviços sejam actualizados anualmente de acordo com as taxas de inflação previstas.

Este conjunto de aumentos agora propostos não é normal, no entanto, por várias razões:

· Porque a Câmara Municipal não é um fornecedor comum, pois antes da preocupação da rendibilidade das suas actividades, a autarquia deve ponderar razões sociais que, neste final de 2008, assumem proporções anormais: o País e o Mundo atravessam uma crise financeira e económica sem precedentes que afectará negativamente o rendimento de todos e, especialmente, dos munícipes com menos recursos. A coligação PSD/CDS deveria ter em conta este facto importantíssimo e, em consequência, deveria evitar pedir mais sacrifícios aos Famalicenses;

· Porque é invocada uma actualização de acordo com a taxa de inflação prevista quando, realmente, corresponde a cerca do dobro da taxa de inflação prevista;

· Porque confirma a condenável gestão da factura da água de acordo com o ciclo eleitoral. Ainda que este ano o aumento seja supostamente limitado à taxa de inflação prevista (e não é assim), os Famalicenses já têm vindo a pagar aumentos exorbitantes desde há anos para que, em ano eleitoral, a coligação queira aparecer, aparentemente modesta, a aplicar aumentos modestos.

Como se vê, a coligação sacrificou os Famalicenses com aumentos desmesurados durante os primeiros anos dos seus dois mandatos para, no último ano de cada um deles, tentar criar uma ilusão de normalidade.

A factura da água mais do que duplicou para a maioria dos Famalicenses desde que a coligação tomou posse.

Votamos contra os aumentos propostos, dispensáveis pela crise que o País e o Município atravessam e dispensáveis pelos aumentos acumulados e votamos contra a gestão do tarifário de acordo com as conveniências do ciclo eleitoral.

A coligação devia corar de vergonha com o quadro acima.

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