26 de julho de 2006

Feira do Artesanato 2005 (JV)

Os Vereadores do Partido Socialista votaram contra o Relatório de Contas da XXII Feira de Artesanato e Gastronomia de Vila Nova de Famalicão e III Festa do Associativismo e Juventude pelas razões que passam a expor:

A 27 de Julho de 2005, a Câmara Municipal deliberou organizar a XXII Feira de Artesanato e Gastronomia e a III Festa do Associativismo e Juventude, para as quais aprovou um programa e um orçamento, e deliberou atribuir um subsídio no montante de € 90 000,00 (noventa mil euros).

A Feira de Artesanato teve início no dia 2 de Setembro de 2005, ou seja, decorrido pouco mais de um mês após tal deliberação.

Decorrido um ano o Senhor Vereador da Educação, Cultura e Desporto veio propor a aprovação do Relatório de Contas e a concessão de um reforço de verba no valor de € 63 762,34 (sessenta e três mil setecentos e sessenta e dois euros e trinta e quatro cêntimos).

Não há qualquer justificação plausível para tão grande discrepância orçamental.

Tal proposta é a todos os títulos inadmissível. Revela que o programa e orçamento aprovados um mês antes do evento ter início, não era um verdadeiro programa nem era um verdadeiro orçamento: era uma farsa. Uma farsa destinada a ludibriar quem tinha o dever de os aprovar.

De igual modo não se percebe, nem se aceita, que uma proposta desta natureza leve um ano a ser apresentada. É inadmissível, em quaisquer circunstâncias, que demore tanto tempo a prestar contas tratando-se, como se trata, de dinheiro do erário público.

A presente proposta revela um enorme desleixo, uma grande falta de cuidado na preparação dos eventos e uma total ausência de rigor na administração da coisa pública.

Cai, assim, uma vez mais por terra o argumento do rigor, tantas vezes propalado pelo Senhor Presidente da Câmara. Em apenas um mês o orçamento aprovado pela Câmara Municipal foi inflaccionado cerca de 35%. Sem que ninguém seja responsabilizado. É obra!

Como disse o Senhor Presidente, esta proposta é "TARDIA" e é "GORDA". Na verdade traduz apenas as "necessidades" decorrentes de um ano eleitoral.