Projetos Casa do Território - JV
Os vereadores do Partido
Socialista, confrontados com o pedido de autorização para abertura de concurso
público para a conceção do projeto expositivo e projeto comunicacional da Casa
do Território decidiram manifestar-se contra a autorização.
Se há disponibilidades no QREN para aprovar projetos municipais, então há muitas carências prementes no nosso concelho que deveriam, essas sim, serem objeto de candidaturas aos apoios comunitários para facilitar a sua rápida resolução.
A principal razão deste voto
contra prende-se com o elevado valor previsto para os projetos referidos:
200.000€, a que acrescerá o IVA, levando o custo final para cerca de 250.000€
(isto é, cerca de 50.000 contos!).
Como sempre têm afirmado, os
vereadores do PS defendem a construção do Parque da Cidade, no qual se insere a
Casa do Território, que, também, querem valorizar. No entanto, parece-nos
manifestamente excessivo que, para “criar o conceito” deste “espaço de divulgação, participação,
prospectiva e aprendizagem sobre o território de Vila Nova de Famalicão”
seja necessário despender verba tão avultada: primeiro, porque é nossa opinião
que o Município dispõe de técnicos qualificados para fazer, de forma
competente, o trabalho necessário; depois, porque ainda que se revele
necessário o recurso a especialistas externos, não há razão para gastar, só com
projetos para definir os “conceitos” (expositivo e comunicacional) quase 250.00
mil euros.
(Aliás, a Câmara Municipal
aprovou já uma despesa, com financiamento comunitário, de 250.000€, para
“divulgação” do Parque da Cidade. A Casa do Território não cabe aqui?!)
O argumento de que o concurso só
se concretizará se for aprovada uma candidatura submetida ao QREN revela que
estes projetos não são imprescindíveis (se o fossem, não ficariam dependentes
daquele apoio). Revela ainda, por outro lado, que a coligação PSD/CDS tem dos
apoios comunitários a ideia de que se trata de dinheiro fácil.Se há disponibilidades no QREN para aprovar projetos municipais, então há muitas carências prementes no nosso concelho que deveriam, essas sim, serem objeto de candidaturas aos apoios comunitários para facilitar a sua rápida resolução.
Haja razoabilidade, sentido de
oportunidade e definição clara de prioridades. A Casa do Território poderá e
deverá ser uma infraestrutura interessante mesmo sem estes “projetos” - como
são a Casa das Artes ou a Casa-Museu de Camilo, que não precisaram de tão
dispendiosa preparação.