23 de maio de 2007

"Ensino Superior Público" - JV

Na véspera das Eleições Autárquicas de 2005, o Presidente da Câmara e a Coligação PSD/PP anunciaram, com sonoridade, a instalação, em Vila Nova de Famalicão, do Ensino Superior Público. O promotor era o IPCA – Instituto Politécnico do Cavado e Ave – e as instalações eram cedidas pela Câmara Municipal, numa parceria que se anunciou vitoriosa e estruturante.

À época, a comunicação social fez eco desta grande conquista para Vila Nova de Famalicão, com títulos de “caixa alta” em que se anunciava o Ensino Superior Público para o Município. Dito e anunciado como foi dito e anunciado pela Coligação PSD/PP, o caso não era para menos.

O tempo passou e do Ensino Superior Público em Vila Nova de Famalicão não havia dados concretos. Soube-se então que se tratava apenas do funcionamento de duas pós-graduações em áreas do conhecimento que eram já objecto de estudo, quer na Universidade Lusíada, quer na Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, e com propinas de montantes só suportáveis por uma reduzida minoria e destinadas a um número escasso de estudantes.

Conclui-se hoje, através da proposta que é apresentada pela Câmara Municipal, que tudo não passou de uma ficção, de cursos virtuais que nunca chegaram a funcionar. O Ensino Superior Público em Vila Nova de Famalicão morreu à nascença e, suprema ironia, é preciso pagar as despesas tidas com este nado-morto.

É assim que se propõe que a Câmara Municipal delibere no sentido de atribuir ao Instituto Politécnico do Cavado e do Ave a quantia de 3.867, 46 euros, para pagamento dos custos de divulgação dos cursos de pós-graduação, publicidade que «a Câmara Municipal enviou para alguns órgãos de comunicação social», «por solicitação do IPCA».

Em síntese, anunciou-se com solenidade um grande projecto para Vila Nova de Famalicão que não passou de um grande logro e que serviu apenas para fins eleitorais. Numa matéria tão sensível e importante, pensamos que tudo isto é desprestigiante para os Famalicenses e para o Município.

Pelas razões expostas, os vereadores do PS votam contra a proposta apresentada.

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18 de maio de 2007

Indigestão

"Até porque, apontou ainda Armindo Costa, apesar da receita que iria criar para a Câmara, a Bracalândia implicaria um aumento das despesas com a limpeza e também do trânsito, além de considerar que não traria grandes benefícios para para o comércio local."
No "OP" desta semana
Estas declarações são surpreendentes e revelam uma grave indigestão do Presidente pelo facto de ter ficado mais uma vez demonstrado que a coligação PSD/CDS é totalmente inapta em matéria de captação de investimento.
Desvalorizar a Bracalândia porque aumentaria as despesas com a limpeza, por provocar mais trânsito ou, nem acreditamos, por não trazer grandes benefícios para o comércio local, é absoluto non-sense.
Sobretudo quando ditas por quem defendeu a construção do aterro de Fradelos; quem transformou o "Lago Discount" numa feira de fim-de-semana; quem se prepara para licenciar mais uma (ou duas? ou três?) grande superfície; quem não conseguiu fazer cumprir os horários do comércio (até que acabou com os horários...); quem defendeu, elogiou e facilitou o ainda mal explicado "escorrega" de neve artificial, entre outros variados exemplos.
Sobretudo por quem prometeu, em plena campanha eleitoral, a mesmíssima Bracalândia. Mas nessa altura como um importante investimento para o nosso concelho!

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Mais outra...

A propósito da instalação de rede de saneamento nas freguesias do Vale do Este, segundo o "Povo Famalicense", o "vereador do ambiente acredita que alguma rede em baixa pode ser construída até ao final do mandato". Alguma! Depois de terem prometido concluir a rede de saneamento do concelho até ao final do mandato, afirmam agora com uma espantosa serenidade que na zona norte do concelho farão "alguma rede".
"Acredita" o vereador, que em tempos também acreditou que podia acabar com as lixeiras, mas não acabou. E que há dois anos acreditou que ia acabar a rede de saneamento, mas agora já não acredita.
Mais uma promessa que segue para o esgoto.

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17 de maio de 2007

Cansados

Quem ouviu hoje as declarações do Presidente da Câmara à rádio Digital ficou esclarecido: a Bracalândia não encontrou terrenos ao preço que queria, Famalicão tem os terrenos muito valorizados, a Câmara nunca se opôs a nada, e tal, a Câmara não tem nada a ver com o negócio dos terrenos, paciência, mas há uma nova hipótese de uma indústria do sector automóvel que quer vir para Famalicão, ainda bem, a API é que informou a Câmara desse interesse e de quatro terrenos que correspondem ao que a empresa pretende, a Câmara fica satisfeita…

Tanta falta de energia, tão pouca vontade de captar investimento, tão pouca ambição de criar emprego, até impressiona!

Ainda bem que a API informou. Ainda bem que há quem trabalhe para atrair investimento, também para o nosso concelho, porque daqui, da coligação, não sai nada, como se vê.

A Efacec que tinha um terreno barato lá foi.

A Bracalândia que achou os terrenos caros lá foi.

Vamos lá ver se, dos quatro terrenos em vista, haverá um a bom preço! Se houver a Câmara não se oporá e até ficará satisfeita...!

Quando criaram uma “via verde para o investimento” devem ter pensado no pior da via verde da Brisa, que fica à espera que os carros passem, para cobrar!

Estamos conversados.

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Homenagem

O "Clube de Política Salgado Zenha" deu-nos a conhecer a proposta que remeteu para a Câmara Municipal a "propor a promoção de uma pública homenagem dos Famalicenses e dos seus órgãos autárquicos a quatro democratas e anti-fascistas, já desaparecidos, que podem e devem ser apontados como exemplos às gerações mais jovens: Francisco Salgado Zenha, Armando Bacelar, Carlos Bacelar e Lino Lima".

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5 de maio de 2007

Mais uma

"Bracalândia instala-se em Penafiel", afirma o JN de hoje.
Mais uma promessa eleitoral que se vai.
Mais um exemplo da capacidade negocial e de iniciativa desta coligação.
Esperemos pelas explicações (os jornalistas que publicaram a promessa em vésperas de eleições hão-de, certamente, exigi-las).

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4 de maio de 2007

Charada Medieval

“Sem querer avançar com detalhes sobre a localização (…) o Presidente da Câmara limitou-se a afirmar que a nova cidade desportiva não vai ficar muito distante do actual complexo desportivo de Famalicão. ‘Posso apenas dizer que em linha recta, o actual estádio dista do local cerca de um quilómetro’, frisou, acrescentando que o terreno ‘tem vista’ para a variante nascente e para a auto-estrada.”
No “CH”, de ontem

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