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"Opinião Pública", de hoje.
A Coligação
Mas isto é no texto literário!
A Câmara de Famalicão usa “hipérboles” grosseiras que querem fazer dos Famalicenses uma comunidade de mentecaptos incapazes de pensar e de ver.
Os últimos desenvolvimentos da propaganda municipal que nos encharca são exemplares dignos de figurar numa antologia da mentira.
-Então não é que a Feira de Artesanato foi visitada por 120 mil pessoas? Só os bebés famalicenses é que ficaram em casa! Alguém de bom senso se atrevia a avançar com um número destes?
-Então não é que no “casting” para a “Moda Famalicão” estiveram seiscentas jovens, quando nem duzentas apareceram?
-Grave, grave é que a Câmara Municipal aumente o número de alunos do 1º Ciclo, dizendo que entregou livros escolares a 7 500, quando eles são apenas 6 604! Com que intenção é isto feito?
Diz a História que quem faz bem e é justo não precisa de se fazer parecer grande. A Câmara de Famalicão quer parecer grande em tudo, quando é pequenina na maioria das coisas que faz. É um complexo que a esmaga.
É a “câmara das hipérboles”!
Decorre entre amanhã (16) e o dia 22 deste mês a Semana Europeia da Mobilidade, que integra (no dia 22) o Dia Europeu sem Carros.
A Portaria n.º 976/2006, publicada hoje, afirma que a Semana Europeia da Mobilidade “procura encorajar estilos de vida mais ecológicos e mais saudáveis, proporcionando aos cidadãos oportunidades para se deslocarem a pé, utilizarem bicicleta, os transportes públicos e veículos pouco poluentes” e considera “que se trata de uma oportunidade para as autoridades locais demonstrarem as preocupações que têm com o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida das suas populações”. Por isso, dá cobertura legal ao encerramento ao trânsito de zonas determinadas das áreas concelhias dos municípios que aderem à iniciativa.
A coligação encontrou a melhor forma “de aderir”: vai fechar ao trânsito várias artérias da cidade no domingo, dia 17, não para as reservar para os peões e/ou ciclistas mas antes para se realizarem corridas de automóveis!
Bem escolhida a data! Belo exemplo!
A proposta de alienação parcial do património habitacional do Município constitui, infelizmente, mais uma evidente prova da gestão “à vista” da coligação
A política não pode mudar? Pode, claro, embora neste caso tenha mudado muito depressa!
Mas, se mudou, o que seria legítimo esperar? Que a proposta estivesse enquadrada numa nova política de habitação bem definida, com pressupostos claros, medidas concretas e objectivos ambiciosos, sustentados pelo financiamento extraordinário proporcionado pelas vendas.
No entanto, sobre isto, que seria o mais importante, a proposta nada diz – não enquadra a operação numa política bem definida, não a justifica senão com argumentos de natureza filosófica e sociológica e com a conveniência da redução de custos, não sugere medidas novas e não aponta, sequer, o destino a dar aos volumosos meios financeiros que a venda vai proporcionar.
Questionado sobre a aplicação da receita das vendas, o Sr. Presidente da Câmara informou que o dinheiro será gasto “onde for mais útil”!
Vende-se, portanto, cerca de 1,5 milhões de contos de património municipal para gastar “onde for mais útil”!
Ao longo dos últimos anos tem-se acentuado uma preocupante tendência de diminuição dos investimentos realizados pela Câmara. As despesas de investimento tendem a constituir uma parte cada vez menor do orçamento gerido pela coligação. Agora, corremos o risco de associarmos falta de investimento com desinvestimento!
Agora, em Setembro, a Coligação
Pelas razões expostas, os vereadores do Partido Socialista votam contra a proposta apresentada.